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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Filme inédito de Glauber Rocha será restaurado e exibido no Festival de Brasília


Em 1969, quando o cineasta baiano Glauber Rocha parte para o exílio, realiza um projeto que seria o manifesto anti-colonialista chamado “O Leão de sete cabeças”, inédito no circuito comercial brasileiro, e que acaba de receber um investimento de R$ 960 mil reais da Secretaria da Cultura da Bahia para a restauração. O projeto foi recebido de braços abertos por Paloma Rocha, filha de Glauber, que dês de então vem tendo dificuldades no resgate da obra do cineasta.
O filme, que foi todo rodado na Republica Popular do Congo em 1970 retrata segundo o autor “a história geral do colonialismo euro-americano na África, uma epopéia africana, preocupada em pensar do ponto de vista do homem do Terceiro Mundo, por oposição aos filmes comerciais que tratam de safáris, ao tipo de concepção dos brancos em relação àquele continente. É uma teoria sobre a possibilidade de um cinema político”. A obra, que teve seus negativo originais perdidos, se baseia nos internegativos que foram localizados na Itália, com uma cópia em 35 mm, com legendas em português, encontrado, por acaso pela assessora de cinema do Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro nos anos 80. A exibição do filme está marcada para a abertura do festival de Brasília de 2010.Segundo o crítico e brasilianista, Robert Stam, o filme repercutiu muito na comunidade negra na década de 70, quando foi exibido no circuito alternativo norte-americano. A circulação da obra em 2010, inteiramente recuperada, proporcionará ao público a oportunidade de debater em plena Era Obama, a proposta re-colonizadora de Glauber.
Aceita um chá?

Fonte: Assessoria de Comunicação
Secretaria de Cultura do Estado da Bahia

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